quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Este mundo tá perigoso, dasse!

Pessoal: isto vai de mal a pior. Imaginem que o antigo ministro israelita da Justiça foi condenado por ter beijado uma gaja à força, e pode levar até três anos de cana.
A minhalma fica parva.
Três anos só por ter beijado uma gaja! O que faria se lhe tivesse deitado as mãos à fruta?
Qualquer dia um gajo leva multa só de galar as mamas do mulherame. Este mundo está cada vez mais perigoso.
O pobre do ministro diz que a gaja é que tava a fazer-se ao piso, durante uma festa lá no ministério quando começou a guerra no Líbano. Não sei se foi se não, mas a gente sabe como isto de guerras dá tusa, nunca se sabe se a gente tá vivo no dia seguinte de maneira que bora lá ficar já de papo cheio. Mas mesmo que tenha sido à força, qual é o mal? Também sabemos cas gajas se armam em esquisitas, põem-se práli com melices e olhinhos e boquinhas e o camandro e depois quando um gajo passa aos actos ó da guarda.
Mas ao menos que lhe aviasse um estaladão na tromba, ao ministro. Mas não, a putéfia foi chibar-se para o tribunal. Dasse! Eu acho de que isto é o princípio do fim de Israel. Se eu fosse aos palestinianos deixava de me andar a rebentar as tripas. Passava a mandar resmas de gajas boas disfarçadas de secretárias e assessoras e o caralho, e a fazerem olhinhos aos ministros. Em menos de um pintelho o governo tava todo na choldra.
Lembro-me aqui há canos, quando se falou muito de políticos americanos e ingleses apanhados em escandaleiras de andarem nas quecas extra-conjugais, de se falar de que essas coisas não aconteceriam em países latinos, onde gajo que é gajo come e pronto, e ministro que é ministro tem que ser gajo. Na altura, o Mitterrand, que como se sabe era o presidente da França e também comia por fora que era trigo limpo farinha amparo, terá dito: "Se eu fosse afastar todos os meus ministros culpados de enganar as mulheres, só ficava com meia dúzia de paneleiros para formar Governo."

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Lá tás tu

Já vi que continuas no negócio dos letrodomésticos, ó Fánan. Cá pra mim vivias em Gondomar quando o major da bola andava a fazer campanha há uns anos. Deves de ter abarbatado umas coisitas, tásse memo a ver. Olha, fizes-tes bem, esta vida tá boa é prós espertos. Amanhã ainda me apareces a faze-res feliz uma varinha mágica com ela enfiada no coiso (e ligada, claro). Ganda cena, meu. Ádes ir longe.

Um corte, és um corte, man

Não percebo bem cá a tua cena, pá. Andas para aí armado em larilas com merdas cor-de-rosa, meio apaneleirado e tal, a dizer que são coisas modernas, que é preciso um gajo actualizar-se e tal, e depois dás uma de cota bota-de-elástico só porque o Necas experimentou aquilo? Moderniza-te, pá, que pareces uma Dona Elvira. Nem sei como é que usas a Net, cá para mim, se não fosse lá a tua mula abrir-te os olhos ainda andavas a escrever papelinhos e a metê-los dentro de garrafas e a atirá-las ao Trancão para chegarem lá às brasileiras boas com quem falas no chat. Mal sabe ela o uso que dás à tequenologia.
Por isso, venho aqui apresentar-te mais uma maravilha da ciência moderna. Esta filmei-a eu. É mesmo fixe, a bicha faz o serviço todo, não se queixa dos pintelhos na boca nem de algum chatito que tenha escapado à barrela semanal. Opá, foda-se, desde que uso isto é um descanso, acabaram-se as cenas de estar a ouvir sermões por causa do cheiro e sabor a atum de barrica. A Cila ainda não descobriu que comprei isto mas já deve andar desconfiada. Ela queixa-se e queixa-se que lhe ando sempre a pedir uma mamada no vitelo, protesta e tal mas no fundo até gosta do cheiro a pasta de peixe. Tenho que chegar para as duas, pá.
A bicha só tem um problema que nem é bem um problema. É mais uma daquelas coisas que, porra, um gajo às vezes se põe a pensar e se vai por aí tá fodido. É que um tipo fica assim a sentir-se um bocado como uma vaca. Mas não chega a tirar a tusa. Felizmente. Quando sinto a grila a ir-se abaixo com estes pensamentos, mudo logo, em vez de vaca fico logo a pensar que sou mas é um touro e que está uma moça de estrebaria assim um coche míope a ordenhar-me, como num filme que vi praí há tempos. Foda-se que só de pensar nisso já me está aqui a crescer o machibombo, vou já ali para a marquise ter com a bicha.
Ah! Se quiseres dou-te a marca e o modelo e até o site onde o comprei onde explica tudo, pá. É Vénus qualquer coisa, depois diz. Outra coisa: se comprares uma, chiça, não ponhas a parte dos colhões no máximo, como eu fiz. Não se ouve porque tirei o som, porra, ia ficando sem eles.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Vai por mim, ó Fanan

Andas-me a falhar, ó Fanan. Agora deu-te para andar a comer electrodomésticos. Eu sei que terá vantagens: não chateiam, não querem conversar depois, a gente arruma-os quando não precisa deles, são, em resumo, user friendly. Mas nunca se sabe. Eles agora são tão perfeitos, tão completos, que qualquer dia, quando menos esperares, tens uma máquina de lavar a querer-te apresentar à família toda.
Toma lá cuidado, méne. O melhor é, sempre que acabares de dar uma, tira-lhe a ficha e diz-lhe "Agora põe-te a pilhas, vai e não volts."

Só pra confirmar

Pra que não julguem que eu ando a inventar coisas ou a ouvir vozes ou o caraças, aqui vai um link que não me deixa mentir sobre aquilo do iguana.

http://www.canada.com/nationalpost/story.html?id=f31e2592-82c8-483b-acdd-39510bf3239d

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

É que vem mesmo a propósito

Mas que histórias do arco-da-velha tu vais buscar. Tá-se mesmo a ver que continuas a passar os dias a coçar a salada, não mudaste nada. Vais galando umas gajas e lendo o 24 horas, estou a ver. Essa dos turcos até que teve piada porque deu porrada que ferve. Aliás, os gajos são todos meio larilas, com aquela coisa das toalhas e das meias, não são?
Já a do pilame do lagarto não gostei. Onde raio foste buscar aquilo? De certeza que ninguém lhe deu uma caixa de viagra ao pequeno-almoço nem nada?
Já que falamos de tesão, opá, vamos lá ilustrar isto que está muito mono. Olha só a descoberta de um amigo meu. O gajo diz que é só vantagens, não ataca o coração, não desgasta o pilim (que pode ser aproveitado para outras coisas, uma brasileira peludinha, por exemplo), a gaita fica mesmo fixe, firme como uma barra de ferro como diz aquele gajo do Herman, fresquinho, limpo e arejado. Um tipo até escusa de o lavar. É assim como uma limpeza a seco. Eu fartei-me de rir a ver isto porque o gajo parece que está a meter gasolina. De maneira que se quiseres experimenta e depois diz. Eu agora não posso porque a Cila avariou o de cá de casa. Ela não disse como, mas sei é que anda c'umas peladas na pintelheira, desconfio que andou a meter lá o conaço mas ela insiste que não, que é de família e que a avó até já gamou o restaurador olex ao velho para lhe emprestar.
Ah! o pintas diz para não se experimentar em exaustores porque é perigoso por causa da ventoinha, se bem que fique mais oleado para enterrar na crica.
Ah! e "fofinho do caralho" era o teu pai caté ganhou calos nas nalgas, tá bem?


A Pila de Iguana

Eu juro que me andei a auguentar para não me referir a esta história, mas como este saite tá também atento ao que se passa no mundo, eu tenho que falar do iguana de Antuérpia que tem uma das pilas que vai ter que ser cortada.
Pra já pra já, eu não sabia que os iguanas tinham duas pilas. Ganda cena! Mas é verdade. Só não sei porquê. Será para comer duas marias ao memo tempo, ou uma delas é só suplente? Só me lembro do que o meu avô dizia acerca do pão e do vinho à mesa: "Antes sobejar do que faltar." O mesmo se aplica a mim, mas, prontos, a minha é 2 em 1. E apesar de muitas marcolinas andarem para aí a cantar que o tamanho não interessa, é assim de gajas que lá me vão dezendo que, de qualquer maneira, o telefone delas é tal e tal, e se eu quiser que apite para a gente um dia ir aí trincar umas farturas.
Mas já me tou mazé a desviar do assunto. Seja como for, bocezes não imaginam a quantidade de bojardas que eu poderia tar aqui a dizer a propósito disto. Ou se calhar imaginam, prontos. Ora o tal iguana do zoo de Antuérpia - que até se chama Mozart, como aquele gajo que fez a 5ª Sinfonia (as outras quatro acho que foi o Bitoven) - tava a dar uma na maria dele quando ela de repente se pôs a milhas e ele ficou ali de pau feito, all dressed up and nowhere to go. Tudo bem (ou tudo mal, havia de ser comigo...). Só que de pau feito tava e de pau feito ficou. Aquilo nunca mais baixou, e o pobre do Mozart passou a ter que andar com aquele trambolho de rojo pela areia. Claro que infectou, e agora têm que capar o desinfeliz.
Ó caraças, ca cena mais fatela. Como é que um lagarto fica assim de moca em riste para sempre? Se isto acontece aos bichinhos, olha lá se nos acontece a nós? Olha se me acontece a mim? Ainda me classificavam como monumento nacional e património da Humanidade. Tinham que chamar logo aquela gaja romena que dá estas classificações, a não-sei-quê Unesco. Aposto que não só me classificava como dava cama, comida, roupa lavada e dinheiro para trocos, ehehehehe. Vão por mim, estas gajas das organizações internacionais têm sempre bué da massa e gostam mais de coisa e tal cagente os três aqui do blogue todos juntos.
E atão lá vai o Mozart à faca. Sorte a dele que ainda fica com uma pila. Que isto nos sirva de meditação, irmãos, sobre as injustiças deste mundo: uns têm tudo, outros nada. Este tinha duas pilas e uma delas sempre tesa - há os que só têm uma e mesmo assim é ó tio ó tio para ela corresponder. Não é o meu caso, claro, que caí na panela do Viagra quando era xavalito. Tásse bem.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Post- Scriptum (ehehehe, tá giro, não tá? Esta do "post", e tal?...)

E já agora, que eu não duro sempre: esta história tem mais uma cena gira. É que quando tudo acabou, o Solimão, que na altura já era gimbras, tinha entretanto morrido. Só que lá os comandantes dele não disseram puto às tropas. E continuavam a ir à tenda dele como se ele ainda lá estivesse vivinho a dar a táctica, tudo para que o pessoal não desmoralizasse e mantivesse o fio de jogo. É que isto em alta-competição não se brinca.

Cóboiadas

Tava aqui sem fazer puto, a controlar o trabalho que dei para fazer às gajas cá da repartição, e já tava farto de coçar a genitália. De maneiras que pusme a percorrer coisas, em busca de conhecimentos perfeitamente inúteis, como faço muitas vezes para poder depois arrotar postas de pescada na leitaria.
Vai daí topei com a descrição do cerco dos turcos otomanos (os gajos que eram antepassados da massa associativa do Galatasaray) à cidade croato-húngara de Szigetvár (esta gente tem cada nome prás terras que um gajo até se passa). Tudo isto era em 1566, antes do 25 de Abril, portanto, e quem comandava o pessoal lá da Turquia era o Solimão, o Magnífico, que parece que foi o maior sultão lá daquela treta.
Os gajos da cidade eram uns 2 mil contra dez vezes mais turcos. Mas, prontos, eram danadinhos prá porrada e aguentaram firme no meio-campo até não poderem mais e terem que recuar para a pequena área, quer-se dizer, um último reduto no interior da cidade, já muito desfalcados e atormentados pelas lesões. Vai daí, já quase no fim do prolongamento, o Solimão ofereceu ao chefe dos gajos, o "ban" Nikola Zrinski, o governo de toda a Croácia se ele se rendesse. Mas o gajo disse que não e vai daí os turcos bombardearam aquilo à fartazana até que metade já tava a arder.
Então o Nikola não tá de modas: vestiu as melhores roupas que tinha e prendeu à cinta uma bolsa com ouro e jóias, para que o méne que encontrasse o seu corpo não pensasse que era de um manguelas qualquer. Depois reuniu os seus cavaleiros para uma última carga, e disse-lhes: "Saiamos deste lugar ardente para o espaço aberto, e enfrentemos os nossos inimigos. Os que morrerem, Deus ficará com eles. Os que não morrerem, que o seu nome seja honrado. Eu irei à frente, e o que eu fizer vós fareis. Deus é minha testemunha de que nunca vos abandonarei, meus irmãos e cavaleiros." Eram só 400 contra 20 mil, e lerparam todos. Dos defensores de Szigetvár, só ficaram sete vivos, para contar a história.
Ora bem: histórias destas há aos molhinhos em todo o lado e em todos os tempos. E eu sei que a córage, a verdadeira córage, é aquela pequenina córage de todos os dias: é sofrer em silêncio, é tratar dos putos quando se está fodido dos cornos ao fim do dia, é parar na passadeira para deixar passar um coirão qualquer, é ser firme perante a dúvida, e forte no meio da multidão, e fiel quando ninguém tá a ver. Eu sei isso tudo e não faltará quem o lembre, como quando vêm com aquela coisa de que "o que interessa é a beleza interior," e o caraças - conversa de enconadinho pra justificar que só saca estafermos.
Eu sei isso tudo, mas, prontos, gramo bué destas histórias e emociono-me com elas, quéque querem? Este gajo podia ter feito o arranjinho lá com o turco. Ficava xuxugadito no palácio, dava-lhe o guito dos tributos todos os meses, em troca ficava a chefiar a paróquia, a receber 13º mês, Natal e Caixa (quando tal o Solimão até le pagava o passe), a comer as escravas, e morria desonrado, mas velho. Mas não. Como dizem os cámones: live fast, die young, leave a nice corpse.
Se calhar isto é coisa de gajo, gramar de ler e ouvir estas coisas assim de honra e glória e o camandro. Mas quem não se arrepiar um bocadinho que atire a primera pedra. Não me venham com essas friezas e cepticismos da ordem. Vão-se foder, que vocês também choram nos filmes com merdas que não interessam nem à minhoca da couve.

Reflequeção

Tou cá a pensar que se a minha becicleta um dia lê isto inda vai à parteleira dos bibelós e manda-me co estojo das colecções philai nos cornos. É bem menina para isso.

Sonsas do catano

Poizé, Fánan, elas andem aí as mulas. Mas andem-se a fazer de sonsas, fingem que não ligam e não é nada com elas, às tantas tão de greve.

Desde que não façam greve da keka como aquela gaja grega, a Lisistrata (é memo nome de puta, dasse...) e as outras gajas de Atenas, que quando chegava à noite a hora do castigo elas biravam o cu pós maridos e mandavam-nos mas era foder o Totta. Parece que era porque eles andavam na guerra, é sempre a mema coisa, as gajas não percebem que gajo que é gajo tem que andar volta e meia à porrada porque senão amolece. É biológico. O que elas precisavam era que os gajos, memo que não houvesse guerra, fossem mazé ver jogar o Panathinaikos e cagassem nelas.

Bom banho. Agora vê lá se pões aquelas coisas apanascadas pá pele, meu fofinho do caralho... (ehehehehe)

Não era para contar mas conto

Por acaso não sei se são todas iguais. Por fora são bem diferentes. Mas ó Toni, vem a propósito, já agora, lembrei-me de uma que também mete giletes mas ao contrário. Eu cá não gosto de paneleirices cor-de-rosa como tu mas acho que há coisas que tem que ser, sim. Essa de um gajo ter a cara sem parecer lixa 100 tens razão. Por isso é que há uns tempos comprei uma muita fixe com lâmina quádrupla ou lá o catano e que tem uma pilha que faz a gaja vibrar e cortar melhor, um gajo quase que nem precisa de usar sabão azul. Então não é que fui dar com a Cila a usá-la, pá, que tempos no duche com aquilo a dizer que tinha lá o grelo com um pêlo não sei quê, encravado, e que estava difícil? Lixava-me aquilo tudo e gastava-me a pilha toda, até tive que comprar aquelas de carregar, caroço, senão ia-me o fundo de desemprego todo em pilhas. E o pior foi que um dia saquei as lâminas fora mas ela continuou a usar aquilo, percebi que a gaja não precisava delas, era mesmo só para mexer lá na pachacha com aquilo a fazer bzzz. Primeiro fiquei danado porque, porra pá, um gajo sente-se com a brilidade afectada, e ainda por cima cada vez que fazia a barba era um cheiro a bacalhau que só visto. Ainda cheguei a pensar que ela usava a gilete para escamar o peixe. Mas depois ela fez-me um serviço aqui no calipo e lá lhe perdoei.
Tenho que me ir embora que hoje é dia de banho semanal. Ouve lá, andam aí umas mulas a rondar ou é impressão minha? São tuas amigas ou quê? Já as fizeste? E apresentas-mas? É que a Cila anda a queixar-se muito de dores de cabeça desde que usa a minha gilete, pá, tenho a impressão que deve ser das bad vibes da coisa.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

São todas iguais

Ó Fánan, olha que isso das intelectualidades é também a mêma converseta. Aqui há atrasado eu tava com uma que era dótora (sim, ó Toinel, que eu não ando por aí com manicuras de subúrbio como tu) e comecei a falar-lhe da Divina Comédia, e de como tinha gramado bué de ler "Epistemologia e Empirocriticismo," e a perguntar-lhe o que é que ela achava da moderna ficção lituana. Vai daí a xavala diz-me "Mori, isso é tudo muita lindo mas baixa mazé lá as calcinhas."
São todas iguais, podes crer.

O que as gajas querem sei eu

Pessoal: eu sabia que aquela cena das giletes ia causar riações. As vossas não me admiram. Vocês são gajos baris e macholas, mas olhem lá, não podem deixar que os preconceitos lhes andem a amarfanhar a tola. Gajo que é gajo também tem que ser prático, e se aquela merda nos rapa bem a fronha, o melhor é aproveitar.
As riações das gajas é que são bué da fatelas. Mas é sempre assim: vêm com a converseta de que temos que nos deixar de machices, que temos de ser sensíveis, que torna e que deixa e o caneco; mas basta a gente fazermos a mínima concessão, darmos o felanco, mostrarmos um lampejo de sensibilidade e entreabrirmos uma greta (ehehehe) do nosso ladeco feminino e tunfas - lá vêm elas a chamar-nos paneleiros e a exigirem tatuagens, cheiro a cavalo, modos de bate-chapas e pilas quinguesaize. Aquela treta daquela postura moderna não aguenta nem um arranhão, vai-se logo abaixo quando alguém dá o mínimo sinal de poder agir em conformidade: aí, o gajame sobressalta-se e começa a ver que aivalhamedeus-vamos- ficar-sem homens-e-agora-quem-é-que-nos-vai-dar-aquelas-pranchadas-à-maneira.
Acho-les cá uma graça...

Ora boas

O Toinél já apareceu, fixe. Não disse foi grande coisa. Não é novidade, aliás o gajo já uma vez disse que escreve no computador como se fosse um acordeão, como se estivesse a tocar lá no grupo dele em Alpiarça. Vá lá que já fez progressos, quando o conheci ele escrevia no teclado com escopro e martelo. Moderniza-te, pá. Assim nunca conseguirás engatar a Lina, sobretudo se continuas a dizer que a maquilhagem dela é como o betume dos carros. Lembras-te daquela vez que quiseste ajudá-la e foste buscar as pás do betume de pedra? Assim não, man.
Ó Toni, essa das coisas culturais parece bem. Sempre dá um ar coiso e tal e basta ler umas coisas na net para dar logo um aspecto do catano. Eu mais a Cila cá me vou safando à conta disso, e com umas piadas pelo meio tá ganho. Ela também não percebe grande coisa por isso vai dando para dar umas. E depois um gajo consegue meter umas buchas improvisadas e sai-se bem. No outro dia ela apanhou-me a falar do Rali e meteu logo trombas, chamou-me bruto e insensível. Vai daí, pá, tive mesmo uma iluminação improvisada e disse-lhe que não era nada disso, que estava a falar do duo brasileiro Mauro & Tânia, fui meter um disco de selous e ela papou. Ela primeiro e eu depois, yesss!
Não achei muita piada à das jiletes. Há limites para tudo. Se tu gostas, faz lá o que quiseres mas não contes que a gente não quer saber. Olha que se o Toinél conta essa aos amigos das obras tás fodido quando lá fores, os gajos apanham-te lá no andaime e nem a tua tatuagem do "I Love Comandos" te safa. Aliás, acho que vou tirar o boneco gordo dali e meter um dos gajos do Restling.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Informação útil

Eu hoje tou ca pica toda, mas que salixe. Acho que esta coisa também tem o seu quinhão de serviço público a prestar sobre coisas práticas que interessam a todos nós, gajos. E por isso venho aqui para explanar o seguinte:
Aqui há atrasado eu já não tinha lâminas de barbear e então fiz a barba com as lâminas da minha bicicleta, daquelas descartáves que só são de gaja (julgava eu) porque são todas às curvinhas apaneleiradas e às cores assim delicadas. Mas olhem: aquilo fez-me a barba com uma pinta que só vos digo, e deixou-me a cara macia que parecia cu de bebé ou mama de pitinha. Muito melhor do que com as minhas. Atão porquê?
Só pode ser porque aquilo é para lhes deixar as pernas lisinhas, daquelas que a gente gosta de passar a mão sem parecer lixa de afagar móveis. O que acho de todo meritório. Então, são feitas para isso, com todas as merdices necessárias. Agora pergunto: porque é que as nossas não hádem ser feitas da mesma maneira?
Deve de ser porque há muitos gajos que ainda tenhem aquela mania de serem de barba rija, e por isso as fábricas fazem coisas mais agrestes para eles e mais suaves para elas. É estúpido como o caraças, além de reaquecionário. Isso hoje já não se usa, elas já gostam que a gente seja macios e tal - a minha anda-me a chagar a mona para eu usar cremes para rugas e hidratar a pele e o catano. Um dia a gente concede mas prontos, desde que mantênhamos o controle do processo acho que não há crise.
Bom, isto no fundo era só pra dezer: ménes, experimentem usar as lâminas das gajas, podem crer que são baris. E assim até fazemos um steitment, que é dezer-lhes que passaram anos a usar as nossas e a deixá-las todas fodidas em menos de um caralho, que agora a gente usa mas é as delas. Não tenham medo de ficar larilas. Só não convém fazerem a barba lá no balneário do ginásio em frente ao resto do maralhal, mas pronto.

Chaumin, até á próxima.

Umas cenas mais sérias

Tive que ir ali dar uma, mas agora tirei mais um tempinho para vir aqui dizer umas cenas mais importantes e sérias.
Havia um inglês cólquer que disse que os clubes não são feitos para incluir pessoas, mas para excluir. Por isso a gente juntámo-nos aqui uns ménes porque não queremos misturas, e távamos um bocado fartos de andar metidos em galinheiros e a ter que aturar o gajame a dar à palheta por tudo e por nada. Não é que a gente não grame delas, e até curtimos de falar de coisas sérias e de alinhar em cenas assim mais de conversa e coisa e tal, porque a gente não somos bichos e esta vida não é só rebéubéu pardais ó ninho. Mas há limites e a gente também gostamos de tar assim uns bacanos a desopilar e a podermos dar arrotos sem ter que dezer colilença.
E mais: elas que não pensem que a gente vamos passar aqui o tempo a coçar os tomates e a dezer malcriadices e a falar de carros e de futebol e de gajas, que elas têm a mania que a gente só sabe falar disso. Não. Aqui deixo aos outros ménes um répeto: vamos mostrar às garinas que a gente também sabe falar de coisas intelectuais e daquelas cenas assim mais culturais. Vamos mostrá-les que a gente pode arrotar postas de pescada mas que também temos ideias, que estamos sentonesados com o zeigeist, que sabemos amandar cá pra fora com uma weltanschaung, e o caralho.
Bále?

P.S. - Tásse, ó Zé. Comprei mesmo o GPS com a voz da Elsa, aquilo dá uma ponta do caneco ela a dezer que tamos a chegar às Picoas, havia de me dezer aquilo ao ouvido. Mas isto sou eu a falar, porque a piquena tem mais quilómetros que o Toyota Celica daquele que costuma parar na leitaria e que anda a comer a Graciete.

A todos os bacanos

Tásse, pipol. Agora acho que já temos córum para umas cenas fixes. A primeira coisa que eu queria dizer-vos é que elas andem aí já a mandar palpites. Mas a gente temos é que nos unirmos e fazer como os italianos, quer-se dizer, armamos o catenaxo ao defronte à baliza e assim elas já não podem entrar, derivado a que a gente quando vê uma a pingar sobre a área despacha-a logo pó pinhal nem que seja pó lado a que tamos virados. Que isto, dentro da área, não há cá funfuns nem gaitinhas, ou a gente alívea a bola ou se não a alívea às tantas temos as gajas aqui a porem e a disporem.
Portanto, um por todos e todos por um como dizia o Cúster quando tava naquela cena cos apaches.
Até logo.

Bom dia a todos menos a um!

É uma mine, faxavor!

Tásse, ó Toni

Porreiro, pá? Já não te via há que tempos. A última acho que foi no parque do Olivais Shoppen, não? Também estavas lindo, quando o arrumador bateu na chapa e disse "tá bom!" quando estacionavas e depois mandaste vir com o gajo porque tinhas estado a dar póliche, não foi? Quem era a gaja que vinha contigo? Nunca soube o nome dela, mas olha que a prateleira metia respeito e enquanto tu discutias com o gajo ela andou ali a rondar-me, pá, não avancei porque sou teu amigo, tu não lhe davas assistência ou ela era daquelas que que se arma mas depois é só pó broche?
Os outros dois, não sei que é feito deles. Um já respondeu e deve estar aí a aparecer. O outro ainda deve andar de volta das ratas, pá, já sei que só quando as aviar todas é que é capaz de meter aqui os cotos.
Sempre compraste o GPS com a voz da Elsa Raposo?

domingo, 21 de janeiro de 2007

Ora bem cá tou eu

Só agora escrevo porque fui ao Colombo e tive um problema: um mangas num Fiat Uno a armar ao pingarelho, daqueles que parecem uma discoteca ambulante, enfiou-me com o pára-choques na porta do meu e depois queria pirar-se sem ir ao castigo. Lixou-me os cromados e aquela parte em que eu tenho escrito Toni e o meu grupo sanguíneo. Eu é que já cá ando há muito e topei. A minha primeira vontade era amandar-le um chamiço na fachada que lhe abaixava uma persiana, mas contive-me, até porque levava comigo a minha bicicleta (1) e ela detesta cenas. A gente de vez em quando tem que lhes fazer as vontadinhas. Também a verdade é que eu não levava o téni calçado, fui com das sandálias da naike por cima da meia turca, e depois se le amandava um estiraço ainda me voava a sandália pelo parque de estacionamento. De maneiras que aquilo deu em discussão e eu estive quase para lhe carimbar o Fiat com uma murraça no cápon que tinha pintadas daquelas listas que fazem o carro andar mais depressa. Assim, só tou agora a escrever enquanto a minha bicicleta tá lá dentro a aviar o comer. De qualquer maneira achei que esta história era gira e por isso tou aqui a contá-la. Depois volto. Chau.

(1) A minha gaija. Aprendi este termo na tropa, porque é algo que a gente monta.

De pequenino é que se esfrega o pepino

Por isso, fica o aviso: isto é um blog de gajos onde se fala de coisas de gajos. De gajas, por exemplo. Fala-se delas, mas não entram. Se alguma consegue entrar, já não sai. Pelo menos, inteira ou no mesmo estado em que entrou. Se querem blogs, têm para aí muitos a armar ao pingarelho, cheios de poesia de merda, pintelhos românticos e corações cor-de-rosa. Para elas. A fingir que são muito profundas e sensíveis, como de costume.
Aqui, não. Fala-se do que apetece. Se der para coçar um colhão, coça-se o colhão. Ou os dois. Comichão? scratch! E pode-se arrotar também, tirar macacos do nariz ou outra coisa qualquer. Ou dizer umas caralhadas.
Convidei uns bacanos para virem para aqui. Três pintas para dar para jogar à sueca. Depois logo se vê como é que os gajos se portam. Desde que não metam putas aqui, tudo bem. Um deles há-de trazer cervejas e o último, que não se esqueça dos tremoços. Cartas já cá temos. E se algum quiser falar de futebol, carros, máquinas, gadgets ou outra merda qualquer, também pode, que isto é um blog livre e sem pré-requisitos. Não é preciso defender imagens ou honras como as gajas fazem nos blogs delas. Sempre com medo do que é que os outros hão-de pensar.
Vamos a ver. Se começarem cá com merdas, levam um banano nos cornos. E mai'nada.