segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Condo Lências


Eu podia pôr esta foto aqui e dizer que a Condoliza, que como se sabe é a secretária dos Estados Unidos e portanto é ela que escreve as cartas e atende os telefonemas do Bush, anda a dormir com o chefe e foi queixar-se para o Congresso.
Mas este blogue, ao contrário do que paresse, tem priocupações de corressão e prefundidade, não é um blogue da treta desses que para aí andam que é só caralhadas e gajas e o caneco. De maneiras que, depois de um conselho editorial em que só eu estive presente porque os outros ménes daqui continuam perdidos em combate que é um ver se te avias para lhes pôr a vista em cima, foi decidido que se punha aqui a foto e se pedia a um especialista daqueles que escrevem no Expresso para a comentar.
Vai daí ele disse assim:

"Esta foto ilustra bem o drama pós-estruturalista que perpassa no ethos e no logos da sociedade moderna que já ultrapassou a fase dos grandes discursos e agora se reduz a discursos minimalistas e a bites nas suas mensagens e nos seus diálogos tanto públicos como privados, sintoma de um profundo malaise e de uma saturação semiótica do dizer-dito e do dizer-pensado. Trata-se de uma mensagem erótica no seu contexto e no seu alcance, embora revisitada por uma atitude profundamente anti-globalização. O que a personagem quer significar - ela que é uma personagem ao mesmo tempo actuante e passiva, se bem que intrinsecamente coerente com uma atitude que pactua com os códigos da sociedade vigente - é que, se bem que o tamanho interesse para satisfação das pulsões imediatas, ele não interessa tanto num contexto de subversão político-económica em que o pathos masculino se sobrevaloriza na simples menção de si próprio. Antes pelo contrário, ela quer significar com aqueles simples gesto da mão que toda uma carga histórica se vê assim retirada de cima do papel da mulher e das suas atitudes perante a preponderância masculina na gestão das relações sexuais que assim assumem claramente uma dimensão que as aproxima das tensões sociais e das próprias relações de produção patentes nas sociedades industrializadas. Isto é: nem o homem, no fundo, era pequeno, nem isso interessava nada, o que interessava era utilizar a metáfora fálica para apontar os dois dedos à problemática do sistema internacional e do rapport de forças no interior das estruturas políticas americanas."

Tomem lá que é serviço público. Tou farto de olhar para a foto para ver se percebo o que esta abécula quer dizer, mas pronto, ele lá sabe. Cá pra mim tásse mesmo a ver que a mulher tá é raivosa e agora anda a dar para baixo no Bush que se calhar a trocou por uma arma de destruição macissa. Se calhar a gaja queria mas era o Bill Clinton, que esse ao menos fumava charutos dos grandes

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